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27 dezembro 2010

Epístola 78 Natal

Porto Alegre, Natal de 2010.
Epístola 78 (LXXVIII) Aos Geeanos, Pirellianos e outros Amigos

“Eu sou a luz do mundo (Jo 8,5)(...)
Eu sou o caminho a verdade e a vida (Jo 14,6)”

Um filósofo escreveu que o“o homem caminha instintivamente para a luz”. Logo, o homem caminha para Cristo, pois Ele é o caminho e a luz. E o Natal – que é luz - é o convite renovado para seguir o caminho. Há toda uma simbologia nestas duas palavras. Quando se nasce, diz-se: veio à luz; e todos desejam: que ele siga um bom caminho.  
O rabino Mendel ao fazer uso da palavra na cerimônia do Chanucá (a festa das luzes), cerimônia essa que tem mais de dois mil anos, relembrando um milagre acontecido na guerra dos Macabeus (I e II Mac) contra os romanos, disse: “Quando se dá alguma coisa material a alguém, ficamos sem essa coisa; quando, com a luz da nossa vela, acendemos outras velas, não ficamos sem a nossa luz, pelo contrário aumentamos a luminosidade.”
 Envolvidos pelos problemas do dia-a-dia não nos damos conta de que o Natal é uma lembrança da Luz, a Luz que veio para iluminar nosso caminho, e que ele é todos os dias.
 Por que Deus veio até nós na forma de uma criança? Porque a criança é a forma pura da luz. E que se nos comportarmos como crianças, ou seja, puros, encontraremos o Caminho: “ (...) todo aquele que não receber o reino de Deus com a mentalidade de uma criança, nele não entrará.” (Mar 10, 15). Lembremo-nos disso, meus caros Amigos, mesmo que não sejamos muito crentes, porque essa mensagem – com mais de dois mil anos - é válida, principalmente, nos dias de hoje em que tanto se busca a Paz.
Sínodo é uma palavra grega que - embora usada para designar assembléia de bispos - quer dizer caminhar juntos. E este é o meu desejo: continuemos a caminhar juntos, como até agora, e com a luz de nosso coração iluminemos, não só o nosso caminho como, também, o de todos que nos rodeiam.
Feliz Natal e Shaná tová U-Metucá*

Baldi e turminha aqui de casa.
Até de repente


NOTÍCIAS DA QUERÊNCIA.
* Um ano bom e doce, como dizem meus amigos judeus.

• De todos os atributos positivos, a que meus caros Amigos me atribuem um escapou-lhes: o de Profeta. Profetizei, na Epi XLIII (43) de 0utubro de 1999 que a irrequieta Maria Tereza iria morar em Canela. Breve dou o endereço. Enjoou de morar na Lagoa da Conceição. Diz que é para ficar mais perto dos Amigos. Bem-vinda Tere!
• Amigos, não vi o ano passar. Assim não dá; vou acabar ficando velho muito ligeiro. Para o próximo, cuidarei de coisas mais importantes: olhar as borboletas, prestar atenção ao canto dos pássaros, e, principalmente escrever mais aos meus amigos, embora eles pouco escrevam.
• Mana Marília, arrasaste com teu convite (pena não ter dado na PUC) para o teu 7.0. Se com 3.0 eras um Opala de Luxo, agora serás um Camaro definido como Sonho e Realidade. Só não definiste o traje se é Smoking ou meio Smoking.
• Caro Rômulo, estás na muda de novo?
• Somente a Lira e o Ademir abriram meu Blog:www.magrodaclio.blogspot.com. E o resto? Que não escrevam tudo bem, mas não apertar um botão é muita baianisse.
Meu caro Cardinal o teu telefone não mais existe e não consigo descobri o novo, por isso não telefono no teu aniversário.  

12 agosto 2010

Epistola 77 LXXVII

Porto Alegre, agosto de 2010

Epistola 77 (LXXVII) Aos Geeanos, Pirellianos e outros Amigos
(www.magrodaclio.blogspot.com) Meu endereço virtual no século XXI

    Na década de 40, do século XX, por causa da guerra, o papel era escasso. Então para rascunho e anotações, no colégio usávamos uma lousa, onde escrevíamos com um lápis de pedra. Após correções, passávamos para os cadernos de cada matéria. Lembro isso aos caros amigos, porque são todos muito novos e não viveram esses tempos difíceis. Nessa mesma época, 1945, quando estudava geografia (eu era bom nessa matéria) imaginava se um dia o homem conseguiria chegar a algum lugar no espaço, e para mim mesmo: pena que esse feito deve ocorrer no ano dois mil e não poderei ver. Pensava assim porque o ano dois mil, século XXI estava tão distante! Pois não é que não só vi e vejo o homem começar a conquistar o espaço, como estou no XXI, escrevo em computador em vez de lousa e - pasmem!-, virei blogueiro.
   Agora, meus amigos, mesmo os que não têm computador em casa, e que sabem mexer um pouco na maquininha, podem ir a um Cyber Café, ou a uma Lan House para ver o magro aqui com suas samambaias, suas mudas de pinheiros (planto de 10 a 20 por ano), ou ver-me meditando embaixo da parreira. As fotos dos amigos e outras notícias. E, também, podem escrever suas mensagens, tudo pelo preço de uma cerveja, ou até menos.
  Vocês se devem perguntar: por que magro da clio? Pois é, eu explico. Todos os homens têm seu lado feminino, e eu, não podia ser diferente. Como sempre gostei de história e geografia, escolhi uma musa na mitologia grega: Clio, uma das 9 musas, a musa da sabedoria histórica, também inspiradora da criatividade, que conclama a pensar, a refletir, a lembrar. Ela é uma das filhas do garanhão chamado Zeus – o deus dos deuses – e da deusa Mnemosine – a deusa da memória. Outro dia eu conto sobre a filharada do deusão.  
   Também ele nada fazia além de comer ambrosia tomar vinho e correr atrás de mulher, fossem elas deusas ou simples mortais. Zeus, por sinal lembra-me um amigo nosso que já partiu antes do tempo. (Ganha um doce quem não adivinhar). Dos geeanos, bem entendido, porque dos pirellianos não houve, nem há algum femeeiro, ou para ser erudito, filógino compulsivo. Todos santos.
É isso, meus Amigos. Quem diria que do lápis de pedra, do sinal de fumaça, do western, da pena 12, da máquina de datilografia com papel carbono, do mimiógrafo eu viraria blogueiro. Ah! ainda faltam o facebook, o twitter.

Um abraço, até daqui a pouco, baldi


NOTÍCIAS DA QUERÈNCIA
As Epis continuarão a sair normalmente.

Pois o vivente do Faxinal deu sinal de vida, após longo silêncio. O negócio dele é falar, escrever, não. Ficou 45 minutos no telefone no dia dos pais. Garantiu que quando vier para o portinho, vamos tomar algumas. Sabem os amigos há quanto tempo ouço essa cantilena? já passou dos 20 anos. Mas os teatinos são assim mesmo: sempre andando. Como disse o pajador: “Patrícios, são os teatinos, os que são donos de si/ Fazem pátria por aí, traçando o próprio destino...” O email dele: rcostabeber@hotmail.com; da patroa: brasília.47@hotmail.com; é melhor mandar para o dela, porque o índio é meio grosso e não se dá muito bem, ainda, com a maquininha. Um pataço índio velho!

Como é, Tere: conto ou não conto a novidade?Tu andas meio silenciosa, parece pássaro na muda.

30 julho 2010

Epístola 76 (LXXVI)


Porto Alegre, Dia do Amigo de 2010.

Epístola 76 (LXXVI) aos Geeanos, Pirellianos e outros Amigos.
“Aqui, vocês têm o relógio; lá, nós temos o tempo.”
(um Tuareg).*

Emocionei-me quando li e reli a entrevista de um Tuareg que estuda na França. Eles vivem uma vida simples e são felizes, porque de acordo com a natureza. “Lá, nós olhamos as estrelas todas as noites, e cada estrela é diferente da outra, como as cabras são diferentes. Aqui, à noite, vocês olham TV.”
 Em nosso mundo moderno, da alta tecnologia, também olhamos as estrelas, na TV, mas sem olhar para o céu, porque não há mais céu para ver. A poluição ofusca os raros pedaços espremidos entre edifícios. O meu querido Anjo Malaquias(**) já afirmara há dezenas de anos: “Cidades: dias sem pássaros, noites sem estrelas.”
A hora de extrema felicidade para ele era ao entardecer, quando ainda não fazia muito frio e os homens traziam os animais para o acampamento: “e eu via seus perfis recortados em um céu cor-de-rosa, azul, vermelho, amarelo e verde.” Tentemos, meus amigos, pelo menos com os olhos do coração sentir a emoção que ele sente a cada entardecer.
Mais adiante ele fala das coisas materiais: “Aqui, vocês têm tudo e acham insuficientes. Aprisionam-se pelo resto da vida a uma dívida bancária num desejo de possuir mais. No deserto não há congestionamento e vocês sabem por quê? Porque lá ninguém quer ultrapassar ninguém.” É de meditar, meus Amigos. Sabe-se lá quanto do nosso estresse negativo a isso está ligado. Mahatma Gandi afirmou há muito: “O mundo é suficiente para as necessidades do homem; não para sua ganância.”
 Recomenda que aproveitemos bem o tempo, que ele considera um verdadeiro tesouro para desperdiçá-lo. E que devemos gastá-lo com alguém especial, porque ele não espera por ninguém. E a enorme alegria que eles sente é o simples fato de nos tocarmos e estarmos juntos. Ali, ninguém sonha com o chegar a ser, porque cada um já o é.
Esta, meus Amigos, minha mensagem no dia do Amigo, porque o que ele falou tem muito a ver com amizade. Vamos tentar ver o céu, à noite e admirar as estrelas que são diferentes e estão sempre juntas, assim como nós estamos juntos sendo diferentes.

Até daqui a pouco, baldi


NOTÍCIAS DA QUERÊNCIA
• (*) Tuareg, na língua deles quer dizer esquecido; os outros povos os chamam de Senhores do Deserto. Eles também se chamam de homens azuis, porque a tintura com que eles tingem suas vestimentas é azul e ela acaba deixando na pele deles um tom azulado. E eles gostam porque dizem “O azul é a cor do mundo.” Talvez sejam todos gremistas.
• (**) Personagem de Mário Quintana; o outro é Aprendiz de Feiticeiro. Muito se referem ao Mário por esses nomes.
• Obrigado, Mana, pelo email do Tuareg. Recebi a foto: que “tribu”! Muito lindos. Já a editei e manda-la-ei (que mesóclise hein!) ao Mano Gerson. Se cada um gerar seis, vais modificar a população de Brasília. Pode ser que assim moralize esse covil.
• Parabéns, Tere. Falo ou não falo da novidade? A Seila perguntou quando virás para as reuniões extraordinárias, como o combinado em memoráveis reuniões. Ou ficarão para as calendas gregas? Não te esqueças de me avisar com antecedência, para eu fazer aquela visita.
• A Lira de “lepis” estudando informática. Parece que o mais interessante é o professor.
• Gerson e Vilma ligaram no dia do amigo. Estavam no paraíso ao pé da lareira. Deixa cair neve!
• Como é Rômulo, te sumiste de novo vivente?
• Dia 15 transcorreu o Dia Internacional do Homem e ninguém deu bola. Um dia escrevo uma epi sobre esse pobre ser tão discriminado.
• Da turminha da Pirelli continuo aguardando o chopinho do Dirceu, o almoço do Cláudio e o cafezinho do Ademir.
• Em 1991, nesta data, saía a 1ª EPI. Considerando às 7 do Dino, com mesmo número, são 82. Talvez um dia eu continue as dineanas se a tanto me “ajudar engenho e arte” e memória.

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