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30 julho 2010

Epístola 76 (LXXVI)


Porto Alegre, Dia do Amigo de 2010.

Epístola 76 (LXXVI) aos Geeanos, Pirellianos e outros Amigos.
“Aqui, vocês têm o relógio; lá, nós temos o tempo.”
(um Tuareg).*

Emocionei-me quando li e reli a entrevista de um Tuareg que estuda na França. Eles vivem uma vida simples e são felizes, porque de acordo com a natureza. “Lá, nós olhamos as estrelas todas as noites, e cada estrela é diferente da outra, como as cabras são diferentes. Aqui, à noite, vocês olham TV.”
 Em nosso mundo moderno, da alta tecnologia, também olhamos as estrelas, na TV, mas sem olhar para o céu, porque não há mais céu para ver. A poluição ofusca os raros pedaços espremidos entre edifícios. O meu querido Anjo Malaquias(**) já afirmara há dezenas de anos: “Cidades: dias sem pássaros, noites sem estrelas.”
A hora de extrema felicidade para ele era ao entardecer, quando ainda não fazia muito frio e os homens traziam os animais para o acampamento: “e eu via seus perfis recortados em um céu cor-de-rosa, azul, vermelho, amarelo e verde.” Tentemos, meus amigos, pelo menos com os olhos do coração sentir a emoção que ele sente a cada entardecer.
Mais adiante ele fala das coisas materiais: “Aqui, vocês têm tudo e acham insuficientes. Aprisionam-se pelo resto da vida a uma dívida bancária num desejo de possuir mais. No deserto não há congestionamento e vocês sabem por quê? Porque lá ninguém quer ultrapassar ninguém.” É de meditar, meus Amigos. Sabe-se lá quanto do nosso estresse negativo a isso está ligado. Mahatma Gandi afirmou há muito: “O mundo é suficiente para as necessidades do homem; não para sua ganância.”
 Recomenda que aproveitemos bem o tempo, que ele considera um verdadeiro tesouro para desperdiçá-lo. E que devemos gastá-lo com alguém especial, porque ele não espera por ninguém. E a enorme alegria que eles sente é o simples fato de nos tocarmos e estarmos juntos. Ali, ninguém sonha com o chegar a ser, porque cada um já o é.
Esta, meus Amigos, minha mensagem no dia do Amigo, porque o que ele falou tem muito a ver com amizade. Vamos tentar ver o céu, à noite e admirar as estrelas que são diferentes e estão sempre juntas, assim como nós estamos juntos sendo diferentes.

Até daqui a pouco, baldi


NOTÍCIAS DA QUERÊNCIA
• (*) Tuareg, na língua deles quer dizer esquecido; os outros povos os chamam de Senhores do Deserto. Eles também se chamam de homens azuis, porque a tintura com que eles tingem suas vestimentas é azul e ela acaba deixando na pele deles um tom azulado. E eles gostam porque dizem “O azul é a cor do mundo.” Talvez sejam todos gremistas.
• (**) Personagem de Mário Quintana; o outro é Aprendiz de Feiticeiro. Muito se referem ao Mário por esses nomes.
• Obrigado, Mana, pelo email do Tuareg. Recebi a foto: que “tribu”! Muito lindos. Já a editei e manda-la-ei (que mesóclise hein!) ao Mano Gerson. Se cada um gerar seis, vais modificar a população de Brasília. Pode ser que assim moralize esse covil.
• Parabéns, Tere. Falo ou não falo da novidade? A Seila perguntou quando virás para as reuniões extraordinárias, como o combinado em memoráveis reuniões. Ou ficarão para as calendas gregas? Não te esqueças de me avisar com antecedência, para eu fazer aquela visita.
• A Lira de “lepis” estudando informática. Parece que o mais interessante é o professor.
• Gerson e Vilma ligaram no dia do amigo. Estavam no paraíso ao pé da lareira. Deixa cair neve!
• Como é Rômulo, te sumiste de novo vivente?
• Dia 15 transcorreu o Dia Internacional do Homem e ninguém deu bola. Um dia escrevo uma epi sobre esse pobre ser tão discriminado.
• Da turminha da Pirelli continuo aguardando o chopinho do Dirceu, o almoço do Cláudio e o cafezinho do Ademir.
• Em 1991, nesta data, saía a 1ª EPI. Considerando às 7 do Dino, com mesmo número, são 82. Talvez um dia eu continue as dineanas se a tanto me “ajudar engenho e arte” e memória.

Aos que desejarem receber a mensagem do TUAREG, mande e-mail.

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